terça-feira, 25 de março de 2008

CGD e o nosso dinheiro

Segundo o Diário Económico de hoje: “A compra do banco basco Guipuzcoano, que vale 1,5 mil milhões, está em cima da mesa. Caixa aposta no mercado espanhol.”

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/destaque/pt/desarrollo/1103855.html

Os bancos portugueses são dos mais ineficientes da Europa e os espanhóis são dos mais eficientes. Não se vislumbra nenhuma vantagem comparativa que justifique que os bancos portugueses entrem em Espanha, porque eles entram no país vizinho com uma “tecnologia” pior do que eles já têm.

Algum tipo de entrada, para apoiar o investimento e comércio português com Espanha tem justificação, mas lidar com o cliente espanhol típico não tem sentido. Agora, apostar num banco regional, situado numa região com a qual Portugal nem tem especial afinidade, que lógica tem?

Isto cheira à velha lógica da burocracia pública, explicada por Niskanen, que visa a maximização da dimensão e não do lucro. Estas internacionalizações baseadas apenas em ter fundos para investir (e têm?), sem ter uma vantagem comparativa que justifique o negócio, já se sabe que vão dar para o torto. E quem paga é o contribuinte.

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