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sábado, 2 de maio de 2009

Sevícias à lógica

Pacheco Pereira já se tem farto de avisar, mas hoje detectei uma extraordinária do jornalista Francisco Almeida Leite, defensor de Passos Coelho. Como comentário à sondagem do Diário de Notícias que dá um PSD taco a taco com o PS, conseguindo o mesmo número de deputados para o Parlamento Europeu, consegue escrever: “Os 36% que o PSD surpreendentemente alcança no estudo são, ao mesmo tempo, um prémio para a prestação de Paulo Rangel (…) e um cartão amarelo a Manuela Ferreira Leite.”

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1219012

O PSD acaba de receber a melhor sondagem em anos e isso é “um cartão amarelo a Manuela Ferreira Leite” !?

Isto não é um pontapé na lógica. Isto é um conjunto extraordinário de sevícias na lógica, que nem a PIDE, a Gestapo e a Inquisição juntas conseguiriam ultrapassar.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Depressão de JPP

Pacheco Pereira escreve de novo sobre o PSD no Público, p. 41. É muito possível que a sua análise muito a negativa sobre o estado do PSD esteja correcta. Ele tem muitíssimo mais experiência sobre a matéria que eu e parece-me razoável o quadro que traça. Já o final revela um estado de depressão acentuada:

“E por isso tudo é frágil e vai continuar a ser frágil, e pode cair como um castelo de cartas a qualquer momento.”

Não há aqui uma réstia de esperança, não há um condicional, nada. Isto já me parece completamente excessivo. Uma razão de esperança está no Instituto Francisco Sá Carneiro, cujo potencial está longe de estar verdadeiramente utilizado e, sobretudo, publicitado. Há ainda o Gabinete de Estudos, que começou com o pé esquerdo, mas está em vias de ser reformulado. De qualquer forma, não é certamente verdade que não haja nada que a actual direcção possa fazer para alterar o actual estado de coisas. Há muito que pode e deve ser feito. E se, como JPP diz, “a maioria dos eleitores reais e potenciais do PSD [desejam] um partido diferente, credível, sério e mais honesto”, então a actual direcção até está com a estratégia correcta, embora eu a considere um pouco atrasada no calendário.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Menezes despede-se em “grande”

Menezes, no seu estilo inimitável, despede-se hoje de presidente do PSD com um artigo inenarrável no Diário de Notícias:

http://dn.sapo.pt/2008/05/30/nacional/regresso_passado_nao.html

Parece que ele recebeu o PSD: “Administrativamente desorganizado, tecnicamente impreparado, financeiramente exangue, afastado da sociedade, sem iniciativa política, sem pensamento estratégico inteligível.” O que vale é que não o deixa nada assim.

Segue-se um rol de auto-elogios, com pérolas do seguinte quilate: “Na frente da política económica fomos claros e acutilantes.” Leram bem? “claros”?

“E ainda nos sobrou tempo e engenho para propostas alternativas globalmente coerentes.” Quanto ao “tempo”, plenamente de acordo; já quanto ao “engenho” as opiniões divergem. Mas em relação à “coerência”, penso que há unanimidade: não houve nenhuma.

Só me ficou uma modesta dúvida: se Menezes presidia a tão excelso programa de gloriosas realizações, porque raio saiu? Ou porque não se recandidatou?

Uma última questão: que disparate é este? “É igualmente seguro que o PSD terá um líder que, pela primeira vez, em 30 anos, não terá a legitimidade de representar uma maioria qualificada de eleitores. Fragilidade insanável em democracia.” Será que Menezes conhece os estatutos do PSD? No entanto, Menezes trai-se porque está aqui a admitir a vitória de Manuela Ferreira Leite. Como muito bem diz Pacheco Pereira, não vale a pena discutir com a criatura. Mas sempre se lhe pode dizer que uma verdadeira “Fragilidade insanável em democracia” é a de um líder que se contradiz a todo o momento, que deixa de ser criticado pelos analistas e passa a ser ridicularizado. Um líder com tamanha “fragilidade”, que não aguenta seis meses e desiste.

sábado, 17 de maio de 2008

Recomendado

Pacheco Pereira, no Público de hoje: “Não é só na economia que estamos a andar para trás, é na cabeça. A cultura da irrelevância está a crescer exponencialmente”.

Um dos sinais mais evidentes e curiosos aparecem-nos nos documentários da RTP Memória. Mesmo nos programas pós-25 de Abril é impressionante a diferença do nível de português que se usava então (muito mais erudito) e o que hoje é utilizado.

sábado, 29 de março de 2008

sexta-feira, 28 de março de 2008

Seis meses de Menezes, uma eternidade

Faz hoje seis meses que Menezes foi eleito líder do PSD em directas. Em sondagem publicada no Jornal de Negócios (ver abaixo) Santana Lopes é votado o segundo pior PM de sempre, só suplantado por Sócrates.

Mas quer-me parecer que as razões porque ambos aparecem em posições destacadas são bem diferentes. Presumo que Sócrates aparece destacado por ter afrontado os professores, por fechar urgências, etc. Ou seja, por tomar medidas de algum reformismo, embora por vezes com uma brutalidade incompreensível. Como sintetiza muito bem Campos e Cunha em entrevista do Diário Económico de hoje: “se se pode resolver um problema a mal, para quê resolver a bem?” Já com Santana o problema não eram as medidas de fundo, que não tomou, mas simplesmente porque tudo aquilo era mesmo demasiado caótico, demasiado mau.

Ao longo dos últimos meses Menezes veio a confirmar-se com um Santana em versão piorada. Não acredito que reste a menor sombra de dúvida nos melhores quadros do PSD (nem todos são barões) que é uma vergonha o PSD apresentar-se com Menezes às eleições de 2009. Já Pacheco Pereira chamou a atenção para o excesso de calculismo. Com Menezes à frente o PSD está a esfrangalhar-se e depois pode ser tarde de mais para apanhar os cacos.