quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um passinho

Alguns comentários sobre a cimeira europeia de 21 de Julho, publicado no Jornal de Negócios.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Testes ao lado

As avaliações de resistência aos bancos europeus falharam no alvo, ao atribuir maior importância a uma nova recessão do que a um agravamento da crise da dívida soberana.

(...) Estes testes destinam-se a estimar o impacto sobre a almofada de capital dos bancos de um cenário adverso em 2011-2012. No caso português foi considerada uma forte queda do PIB, mas, como os cálculos foram realizados antes do acordo com a troika, o cenário adverso sobre a actividade acaba por não ser muito pior do que é o actual cenário central (para 2011 a troika prevê -2,2% e a EBA considerou -3,0%; para 2012 os valores são respectivamente -1,8% e -2,6%).

Foram também considerados os efeitos de uma deterioração da crise da dívida soberana, mas de forma limitada. Por exemplo, no caso português foi estimado que a taxa de juro de longo prazo subiria para 9,6% no próximo ano. Neste momento essa taxa juro já mais do que ultrapassou esse nível, aproximando-se dos 13%. (...)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

À deriva

O meu primeiro artigo no jornal "i", sobre o falhanço dos políticos e da sociedade civil nos últimos 15 anos.

sábado, 9 de julho de 2011

Um outro mundo

Acabámos de receber mais um sinal de que existe uma imensa fractura de mentalidades dentro da zona euro, o que parece ser o principal obstáculo à sobrevivência da mesma na sua actual configuração.

Segundo uma sondagem do Instituto Infratest-Dimap, uma esmagadora maioria dos alemães opõe-se a uma descida dos impostos, preferindo uma redução da dívida pública.

Parece que os eleitores são mais responsáveis do que o governo, ao contrário do que se passará noutras paragens mais a Sul. Mas, talvez o mais curioso, é que do ponto vista macroeconómico faz mais sentido deixar que o défice se reduza naturalmente pelo dinamismo da economia do que diminuir os impostos.

Há ainda outra ironia: se o governo alemão baixar os impostos, isso irá acelerar ainda mais a economia alemã, beneficiando um pouco os seus parceiros europeus, mas agravando a dualidade da recuperação da economia europeia. O BCE seria forçado a subir as taxas de juro mais rapidamente, agravando ainda mais as condições de retoma da actividade nos países periféricos. Ou seja, neste aspecto em particular, é preferível para Portugal que o governo alemão siga a opinião do eleitorado.