sábado, 13 de dezembro de 2008

Depressão de JPP

Pacheco Pereira escreve de novo sobre o PSD no Público, p. 41. É muito possível que a sua análise muito a negativa sobre o estado do PSD esteja correcta. Ele tem muitíssimo mais experiência sobre a matéria que eu e parece-me razoável o quadro que traça. Já o final revela um estado de depressão acentuada:

“E por isso tudo é frágil e vai continuar a ser frágil, e pode cair como um castelo de cartas a qualquer momento.”

Não há aqui uma réstia de esperança, não há um condicional, nada. Isto já me parece completamente excessivo. Uma razão de esperança está no Instituto Francisco Sá Carneiro, cujo potencial está longe de estar verdadeiramente utilizado e, sobretudo, publicitado. Há ainda o Gabinete de Estudos, que começou com o pé esquerdo, mas está em vias de ser reformulado. De qualquer forma, não é certamente verdade que não haja nada que a actual direcção possa fazer para alterar o actual estado de coisas. Há muito que pode e deve ser feito. E se, como JPP diz, “a maioria dos eleitores reais e potenciais do PSD [desejam] um partido diferente, credível, sério e mais honesto”, então a actual direcção até está com a estratégia correcta, embora eu a considere um pouco atrasada no calendário.

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