Proprietários e trabalhadores das pescas vão fazer greve porque o governo não “toma uma posição” sobre a subida dos combustíveis (Público de hoje, p. 36).
“Nós só não pagamos imposto sobre produtos petrolíferos, como acontece em todos os países europeus.” Ainda por cima neste caso a subida é apenas devido ao preço internacional do petróleo.
Parece que toda esta reivindicação se baseia em dois pressupostos pouco razoáveis. O primeiro pressuposto é o de que o governo tem sempre que resolver todos os problemas das pescas. Isto deriva da experiência de excessiva intervenção no passado, que cria a expectativa de intervenção futura. É um ciclo vicioso que deveria ser quebrado.
O segundo pressuposto é o de que o preço do peixe é um dado e, com mais custos, fica menos para trabalhadores e proprietários. Mas que disparate! Então o preço do peixe não vai subir, como até já têm subido o preço de tantos outros bens alimentares?
Se eu fosse governo deixava-os fazer greve à vontade. Aliás, a subida de preço que isso provocaria talvez os convencesse que não tinham razões para fazer greve.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
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