No consenso de previsões publicado pelo Economist desta semana, há uma muito ligeira deterioração das perspectivas económicas, dando indicação que a sucessiva revisão em baixa estará já muito próximo do fim.
Para os EUA, 2009 mantém-se um ano de recuperação, com o PIB a crescer 1,7%, enquanto a desaceleração estimada para 2008 é revista em baixa em apenas uma décima para 1,1%.
Para a zona euro, a previsão do PIB para 2008 mantém-se nos 1,6%, enquanto para 2009 foi revista em baixa em apenas uma décima para 1,5%. O problema principal é que esta revisão indica (marginalmente, é certo) um 2009 pior do que 2008.
As perspectivas de inflação deterioram-se nos EUA para 2008, mas melhoraram os valores para 2009. Ou seja, a política monetária expansionista estará a consolidar as perspectivas de consolidação, sem pôr em causa a estabilidade de preços.
Já na zona euro, há revisão em alta na inflação, quer para 2008, quer para 2009. Aqui a política monetária estará com algum dilema, ainda que facilmente resolvido pelo mandato claro do BCE. O facto do BCE não ter descido as taxas como fez o Fed parece estar a ter impacto na deterioração para 2009 (é de recordar que a política monetária actua sobre o PIB com desfasamento de entre 3 e 4 trimestres). Mas, por outro lado, a deterioração das perspectivas de inflação para 2009 deixam o BCE sem margem de manobra (a política monetária actua sobre a inflação com desfasamento de entre 6 e 8 trimestres).
Más notícias para Portugal. Do lado do PIB, reforça-se a ideia de um 2009 mais fraco, enquanto do lado das taxas de juro não pode haver veleidades de expectativas de descida, mesmo com o abrandamento económico.
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