Do que é conhecido do pacote, parece que ele é insuficiente. Em primeiro lugar é insuficiente no sentido de só prever medidas para 2010 e nada ser dito sobre o caminho até 2013. É evidente que o governo deveria apresentar o mais cedo possível um PEC revisto.
Aliás, um bom PEC, que corrija o recurso excessivo ao aumento de impostos no curto prazo até ajudaria a torná-lo aceitável imediatamente. O governo deveria aproveitar a boleia da urgência dos mercados e do elevado espírito de cooperação do PSD para fazer reformas sectoriais onde os problemas orçamentais são mais graves, como é o caso da educação. Se não se aproveitam os momentos excepcionais para reformar, quando é que se fazem reformas?
O pacote é também insuficiente porque continua focado nas contas públicas, ignorando as contas externas onde os problemas são muito superiores, embora os mercados ainda não pareçam inteiramente conscientes disso. Se o actual pacote pode ser demasiado focado nas contas públicas e no curto prazo, já o PEC revisto não o deverá fazer.
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