Menezes parece julgar que ser presidente de um partido é ter o direito de decidir autocraticamente sobre tudo e sem consultar ninguém. Manifestamente, Menezes tem fortes ilusões sobre o seu verdadeiro poder. Imagina que é muito maior do que verdadeiramente é.
Em quaisquer circunstâncias, manda a prudência que antes de uma decisão se consultem os que estão mais próximo dela. Mas se se quer mandar a preparação às malvas, convém não dar um passo maior do que a perna. Se Sócrates decidisse alguma coisa, nenhum chefe da sua bancada parlamentar se atreveria a protestar, pelo menos abertamente. Mas Menezes não é Sócrates.
Do Público de hoje, p. 8, Santana “surpreendido” com declarações de Menezes. 1º problema: falta de poder. Se Menezes mandasse mesmo, Santana não apareceria como adversário praticamente à mesma altura. 2º problema: falta de coordenação. Como é que Menezes pode imaginar que não precisa de informar Santana de uma mudança de posição sobre um assunto que está em cima da mesa?
Como é que alguém com sinais evidentes de falta de poder e falta de capacidade de coordenação mínima imagina que pode concorrer a PM?
A propósito, então e os porta-vozes sectoriais prometidos quando é que chegam? Será que Menezes está com medo de mais protagonistas que lhe reduzam a importância e a visibilidade?
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