sábado, 23 de fevereiro de 2008

Lamentável

António Preto é acusado de fraude fiscal qualificada e de falsificação de documentos (Público de hoje, p. 12). A argumentação de defesa está entre o patético e o vergonhoso. Em vez de negar as acusações, questiona a validade das escutas por ser deputado. Felizmente a Relação aceitou a validade das escutas. Este tipo de situações é do mais insuportável para o cidadão médio. Podem-se fazer as maiores tropelias, mas se a investigação pisar um risco qualquer, tudo vai abaixo, embora não haja a menor dúvida de que uma ilegalidade foi cometida. Ou então, ter imunidade parlamentar e então parece que até já se podem praticar homicídios, que se fica impune.

Já agora, o que é que os deputados estão à espera de especificar que a imunidade parlamentar não é geral, mas apenas específica de trabalho político? Este novo exemplo não serve para lhes abrir os olhos?

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