A sondagem mensal de Expresso de Fevereiro, publicada no sábado passado, dá resultados contraditórios entre a evolução dos principais partidos e dos respectivos líderes. O PS cai 0,8% para 42,5%, enquanto Sócrates sobe 0,8% para 31,4%. No PSD passa-se o inverso. Enquanto o PSD beneficia parcialmente desta queda (sobe 0,5% para 33,0%), mantendo-se muito afastado de disputar a primazia com o PS em pé de igualdade, Menezes é dos líderes que mais cai (-1,1%, a par de Jerónimo de Sousa) obtendo o pior resultado desde Novembro, quando estes inquéritos passaram a incluí-lo.
As diferenças entre PS e PSD estão-se a estreitar, mas não faz muito sentido o PSD clamar que “já cheira a poder”. O PS ainda obtém resultados que o colocam próximo da maioria absoluta, enquanto o PSD vai melhorando penosamente. Relembre-se que os actuais resultados do PSD são piores do que ele tinha em meados de 2007, tendo inclusive atingido os 35% de intenções de voto em Jul-07. Continua a ser ridículo falar em desgaste do governo e imaginar que a alternância está à beira da esquina.
Mais ridículas são certas ilusões sobre os protagonistas dessa esperada (outro comentador escreveria “putativa”) alternância. Se há um ligeiro estreitamento entre PS e PSD (cai 1,3% para 9,5%), há um alargamento do abismo que separa Sócrates de Menezes (sobe 1,9% para 27,3%). Ou seja, o PSD até pode estar com um pouco mais de hipóteses de contestar eleitoralmente o PS, mas não com este líder.
Outra questão que me merece destaque é a diferença entre a duração do “estado de graça” de Sócrates e o de Menezes. O de Sócrates durou bastante tempo, apesar de estar a tomar (ou aparentar tomar) medidas difíceis. Já Menezes, que surgiu num período em que o governo está fragilizado, a economia está a divergir há muitos anos, não consegue aguentar-se mais de três meses!
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