Os portugueses não são masoquistas (para parafrasear Menezes), não gostam de um primeiro-ministro que não tolera a crítica, não vão eleger para o substituir alguém que lida ainda pior com a crítica.
Menezes está excessivamente irritado com a crítica interna. Isto nunca seria normal em geral, mas o estranho é que perante a péssima oposição que Menezes tem “liderado” ele se surpreenda que haja críticas. É também estranho que Menezes não se interrogue do porquê de tantas críticas: um líder natural é seguido e respeitado. Se ele quase só tem atrás de si figuras menores, porque será?
Muito valentão, Menezes promete fazer eleições para afrontar esses críticos. Julga ele que, se voltasse a ganhar eleições no partido, posteriormente os críticos se calariam. Ridículo. Aliás, Menezes está a mostrar demasiados sinais de que a qualidade principal de um político é ganhar eleições, governar bem é uma questão quase supérflua. E, então preparar-se para governar bem faz parte do “depois, logo se vê…”
Outro tique socrático é julgar que os portugueses são abaixo de atrasados mentais. Os críticos “agora perderam o medo porque cheira a poder”. Cheira? Porque o PSD subiu umas décimas nas sondagens? Quando o PS continua tão próximo de bisar a maioria absoluta? Quem é o destituído mental que pode levar a sério estes comentários?
Esta primeira maioria absoluta do PS em 30 anos de democracia foi-lhe oferecida de bandeja pelo PSD que apoiou o Santana Lopes. Como foi possível tal autismo? Parece que o PSD se prepara para oferecer de bandeja uma nova maioria absoluta os PS, ao continuar a apoiar Menezes.
Apesar de todos os sinais do PSD de que não aprendeu a "lição Santana Lopes", duvido (com esperança) que Menezes chegue a 2009 como líder do PSD.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário