terça-feira, 18 de março de 2014

“Divergências insanáveis”

Se há coisa que não se aguenta é políticos a tomarem-nos por parvos. António José Seguro diz que há “divergências insanáveis” entre o PS e o governo, sobre a estratégia de consolidação orçamental, mas não tem a caridade de nos explicar exactamente quais são. Oferece-nos também a seguinte pérola: esta “divergência insanável prestigia a democracia e dá aos portugueses uma liberdade de escolha”.

Como já conhecemos as propostas do PS, praticamente todas inconstitucionais à luz da legislação comunitária, somos forçados a concluir que as “divergências insanáveis” consistem em o governo querer cumprir os tratados europeus, em particular o Tratado Orçamental, e o PS não os querer cumprir.


O mais escandaloso nisto tudo é que se o PS fosse governo seria – obviamente – forçado a cumprir tudo o que este governo tem que cumprir em termos de redução do défice público, sob pena de Portugal ficar sem financiamento e ser forçado a pedir um segundo resgate que, meus amigos, seria muito mais duro do que o primeiro, sobretudo em termos de fiscalização. 

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