Estado recorre cada vez mais ao trabalho temporário para superar falta de pessoal
Como já tinha referido, a mera contenção de entradas na administração pública (AP) não resolve nada, se não for acompanhada de uma reformulação/automatização de processos que efectivamente reduza as necessidades de pessoal no Estado.
Se isso não for feito poderíamos ter temporariamente uma redução da “produção” da AP, com atrasos a alargarem-se como contrapartida da contenção orçamental. Mas neste momento parece que não é isso que se passa, que o esquema está a ser furado com a contratação de trabalho temporário, muito mais caro do que os recibos verdes. Isto é péssimo para a contenção orçamental, por duas razões: em primeiro lugar porque não se está a materializar a propalada redução de pessoal; em segundo lugar porque se está a substituir o pessoal que havia por outro mais caro.
Será que tudo isto não é mais um sinal de o governo estar em negação sobre a gravidade da situação com que estamos confrontados?
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