A 30 de Novembro de 2008, a Privado Holding, que detém 100% do BPP, estava insolvente, com capitais próprios negativos em 15 milhões de euros (Público de hoje, p. 35). É provável, mas não está esclarecido, que o próprio BPP esteja em situação semelhante. Se o modelo de negócio do BPP ainda faz sentido (o que é muito duvidoso), faz muito mais sentido começar tudo de novo, sem estas perdas acumuladas. Mas se o modelo não faz sentido, qual é a lógica de os actuais accionistas realizarem aumentos de capital, deitando bom dinheiro para cima de mau dinheiro? Se eu fosse accionista e ainda tivesse liquidez disponível (o que não parece ser o caso de muitos dos actuais accionistas), não iria a nenhum aumento de capital. E, sobretudo, não se atrevam a meter dinheiro público neste buraco.
A falência tem um lado pedagógico, sobretudo neste caso em que se trata de penalizar a ganância imprudente.
A falência tem um lado pedagógico, sobretudo neste caso em que se trata de penalizar a ganância imprudente.
2 comentários:
Caro Pedro Teixeira,
No caso do BPP estou em absoluto acordo consigo. Mas partilho crescentemente da tese em voga nos EUA sobre a importância de deixar subir a inflação. O que pensa?
Resumo essa parte do meu livro aqui:
http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/01/e-agora-obama-o-policy-mix-de-krugman.html
Caro Pedro Braz Teixeiro,
Antes de mais, agradeço-lhe o interesse do comentário que me deixou e dou-lhe as boas vindas ao blogue. A sua presença é sempre um elevar de qualidade em qualquer discussão. Por isso, concordando com o que escreveu, deixei-lhe uma dúvida: se a taxa da RF já desceu até onde podia, que alternativas sugere para fundar metas de inflação credíveis? Explico isto melhor na resposta que lhe deixei.
Um abraço,
Carlos Santos
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