O governo nacionalizou de forma atabalhoada o BPN, o que se veio a revelar uma decisão caríssima. Neste momento, as perdas detectadas no banco já atingem os 1800 milhões de euros. Como o banco foi nacionalizado, isso significa que os contribuintes vão ter que pagar este buraco. Se o banco não tivesse sido nacionalizado, mas simplesmente deixado ir à falência, os contribuintes só teriam que pagar os depósitos garantidos e, mesmo esses, o Fundo de Garantia dos Depósitos pagaria uma parte substancial. Como este Fundo vive das contribuições dos bancos, poder-se-ia dizer que eram os bancos que pagariam a garantia dos depósitos. Assim, quem paga são os contribuintes.
O grande problema foi que o Estado interveio, em vez de esperar por um pedido dos accionistas para o fazer. Havia inclusive accionistas que estavam dispostos a injectar liquidez no banco, o que seria uma forma de se responsabilizarem pelas perdas entretanto detectadas. Assim 100% da factura fica para os contribuintes.
O grande problema foi que o Estado interveio, em vez de esperar por um pedido dos accionistas para o fazer. Havia inclusive accionistas que estavam dispostos a injectar liquidez no banco, o que seria uma forma de se responsabilizarem pelas perdas entretanto detectadas. Assim 100% da factura fica para os contribuintes.
A incompetência da supervisão do Banco de Portugal no BPN ia-nos sair cara, mas o governo, com a sua gestão desajeitada do problema, ainda agravou mais a factura.
3 comentários:
Tecnicamente falido,
esta instituição financeira,
muitos milhões lá metido
que nos vão sair da carteira.
Foi uma péssima nacionalização,
sabe-se lá por que motivo,
tem sido hábito nesta (des)governação
de fraco sentido intuitivo.
Dificilmente será comprado
este banco de má gestão,
o mercado está desconfiado
e não esbanja um único “tostão”!
O Nouriel Roubini parece partidário da via de nacionalizações. Mas, claro, ele está a falar de crises e não de eventuais vigarices...http://ovalordasideias.blogspot.com/2009/02/roubini-e-saida-da-armadilha-de.html
Caro Carlos
O Roubini está a falar dos EUA.
O BPN é, como diz bem, um caso de "vigarices".
Enviar um comentário