O Economist poll of forecasters de Setembro deteriorou-se fortemente face ao mês anterior. Quando parecia que se assistia a um desacelerar da deterioração de perspectivas, eis que o pessimismo acelera.
O crescimento para a zona do euro em 2008 já só deverá ser 1,3% (contra expectativa de 1,6% no mês anterior) e em 2009 as coisas deverão a piorar, com o PIB a crescer apenas 0,9% (1,2% no mês anterior).
Duas ideias a reter: 1) com o padrão de correlação nas previsões, é altamente improvável que tenhamos chegado ao fim das revisões em baixa; 2) confirma-se, mas não se agrava por enquanto, a ideia de que 2009 vai ser pior do que 2008.
Neste quadro aguarda-se com curiosidade acrescida quais as “previsões” que o governo vai escolher apresentar dentro de um mês no relatório do Orçamento. Com o irrealismo que tem caracterizado as “previsões” do governo, teme-se que insista ainda em cenários cor-de-rosa. Ou vai assumir a realidade e reduzir em fortíssima baixa as previsões que vinha apresentando até aqui? Em qualquer dos casos irá sempre pagar caro pelo erro indesculpável do “optimismo” passado.
Evidentemente que o pior de tudo vai ser explicar como é que, de repente (segundo o discurso oficial) no ano de eleições a economia ainda vai crescer menos que em 2008. Se Portugal estava a “resistir” tão bem, como explicar que nos vamos afundar para o ano? E que esperar do desemprego, uma das variáveis eleitoralmente mais relevantes? O desemprego é das variáveis mais desfasadas (entre 3 a 6 trimestre atrasada em relação ao PIB). Logo, mesmo que a recuperação chegue no 2º semestre de 2009 (uma ideia não demasiado optimista), ela chegará demasiado tarde para o actual governo, que deverá chegar às eleições horrorizado com a subida sucessiva da taxa de desemprego.
O crescimento para a zona do euro em 2008 já só deverá ser 1,3% (contra expectativa de 1,6% no mês anterior) e em 2009 as coisas deverão a piorar, com o PIB a crescer apenas 0,9% (1,2% no mês anterior).
Duas ideias a reter: 1) com o padrão de correlação nas previsões, é altamente improvável que tenhamos chegado ao fim das revisões em baixa; 2) confirma-se, mas não se agrava por enquanto, a ideia de que 2009 vai ser pior do que 2008.
Neste quadro aguarda-se com curiosidade acrescida quais as “previsões” que o governo vai escolher apresentar dentro de um mês no relatório do Orçamento. Com o irrealismo que tem caracterizado as “previsões” do governo, teme-se que insista ainda em cenários cor-de-rosa. Ou vai assumir a realidade e reduzir em fortíssima baixa as previsões que vinha apresentando até aqui? Em qualquer dos casos irá sempre pagar caro pelo erro indesculpável do “optimismo” passado.
Evidentemente que o pior de tudo vai ser explicar como é que, de repente (segundo o discurso oficial) no ano de eleições a economia ainda vai crescer menos que em 2008. Se Portugal estava a “resistir” tão bem, como explicar que nos vamos afundar para o ano? E que esperar do desemprego, uma das variáveis eleitoralmente mais relevantes? O desemprego é das variáveis mais desfasadas (entre 3 a 6 trimestre atrasada em relação ao PIB). Logo, mesmo que a recuperação chegue no 2º semestre de 2009 (uma ideia não demasiado optimista), ela chegará demasiado tarde para o actual governo, que deverá chegar às eleições horrorizado com a subida sucessiva da taxa de desemprego.
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