sexta-feira, 18 de julho de 2008

Menezes incapaz de aprender

Menezes escreve hoje umas pérolas no Diário de Notícias, p.9, como o inacreditável título: “Depois de mim virá…” Começa por fazer uma leitura enviesada das sondagens e depois insinuar que, se fosse ele, o PSD já estaria nos píncaros.

“Nem quero imaginar o que se escreveria sobre o anterior líder social-democrata se ele, em escassas seis semanas, não tivesse divulgado uma proposta”. Este é ponto essencial que Menezes não consegue perceber, não quer perceber. Como é que uma oposição tão mais contida do que a sua seja mais bem sucedida do que o seu espalhafato?

Comete a proeza de seu auto-proclamar “a direcção mais representativa da história do PSD.” Em que é que se baseia ele para escrever isto? Em 0% de razões objectivas e 100% de narcisismo.

“Em seis meses, definimos uma nova orientação para a política económica.” Já pararam de rir?

“Não tenho dúvidas de que éramos [isto deve ser o plural majestático] mais representativos, intelectualmente mais sólidos, culturalmente mais bem preparados, politicamente mais experientes, ideologicamente mais esclarecidos, mais carismáticos e melhores comunicadores.” Definitivamente, se conseguíssemos comprar Menezes pelo que ele vale e depois o conseguíssemos vender pelo que ele julga que vale, pagávamos de uma assentada a dívida pública e a dívida externa.

E a cantiga ridícula de que foi vítima dos “interesses instalados”… Em primeiro lugar, colocar-se de fora do grupo dos “interesses instalados” só pode ser piada. Em segundo lugar, esta total ausência de reconhecimento de que alguma coisita ele não teria feito bem e que gerasse as tais críticas, isso já é do domínio de um narcisismo autista.
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