O INE acaba de publicar os dados de avaliação bancária de imóveis do 2º trimestre de 2008. É evidente que haverá certamente um efeito de contaminação da crise do subprime nestas avaliações, mas os resultados têm interesse.
Em termos homólogos a avaliação caiu em 4,6%, muito próximo da queda desde o máximo. Mas em termos regionais o Alentejo e o Centro já apresentam quedas de mais de 12% desde o máximo, alcançado no início de 2006.
Talvez o aspecto mais curioso dos dados é que são as habitações mais caras (o top 25%) a cair mais (-5,6%), embora no conjunto do país a diferença seja pequena (no quartil mais baixo a queda é de 3,9%). Em termos regionais, as diferenças são muito mais vincadas. Por exemplo, no Alentejo, a avaliação das casas mais caras caiu 14,6%, enquanto a das mais baratas apenas caiu 4,2%. Se compararmos com os máximos, a queda das casas mais caras já é de 20%. Se usarmos a ideia do mercado accionista de que uma queda de 20% face ao máximo já representa um bear market, então no Alentejo e Centro o mercado imobiliário de topo já entrou nessa fase.
Isto vai um pouco contra as ideias generalizadas de que as casas mais caras estão sempre vendidas; e que há imensas casas baratas em subúrbios pouco valorizadas que não se conseguem vender e que poderiam sofrer fortes quedas de preços.
Mas talvez este perfil seja o mais saudável. Para as classes mais pobres, as perdas potenciais são mais pequenas, enquanto nos imóveis mais caros a “bolha especulativa” está a rebentar. Embora, como é costume no caso do imobiliário, o processo de ajustamento seja lento.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=10931576&DESTAQUESmodo=2
Em termos homólogos a avaliação caiu em 4,6%, muito próximo da queda desde o máximo. Mas em termos regionais o Alentejo e o Centro já apresentam quedas de mais de 12% desde o máximo, alcançado no início de 2006.
Talvez o aspecto mais curioso dos dados é que são as habitações mais caras (o top 25%) a cair mais (-5,6%), embora no conjunto do país a diferença seja pequena (no quartil mais baixo a queda é de 3,9%). Em termos regionais, as diferenças são muito mais vincadas. Por exemplo, no Alentejo, a avaliação das casas mais caras caiu 14,6%, enquanto a das mais baratas apenas caiu 4,2%. Se compararmos com os máximos, a queda das casas mais caras já é de 20%. Se usarmos a ideia do mercado accionista de que uma queda de 20% face ao máximo já representa um bear market, então no Alentejo e Centro o mercado imobiliário de topo já entrou nessa fase.
Isto vai um pouco contra as ideias generalizadas de que as casas mais caras estão sempre vendidas; e que há imensas casas baratas em subúrbios pouco valorizadas que não se conseguem vender e que poderiam sofrer fortes quedas de preços.
Mas talvez este perfil seja o mais saudável. Para as classes mais pobres, as perdas potenciais são mais pequenas, enquanto nos imóveis mais caros a “bolha especulativa” está a rebentar. Embora, como é costume no caso do imobiliário, o processo de ajustamento seja lento.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=10931576&DESTAQUESmodo=2
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