O Alexandre Brandão da Veiga dá uma achega importante ao debate sobre o TGV, criticando a preponderância dos economistas na matéria. Infelizmente, parece que só agora ouviu um engenheiro falar sobre caminhos-de-ferro. Tem andado distraído, mas adiante.
Permito-me colocar o debate do TGV noutros termos e sair do beco “TGV: sim ou não?”, que me parece a atitude errada. O que nós temos que fazer é começar por definir prioridades nacionais gerais. Na minha opinião, as áreas onde estamos relativamente pior em relação à Europa (ou em relação a uma qualquer utopia que se queira) são a educação e a justiça e não os transportes. Logo, o grosso do investimento deveria ir para educação e justiça e não para transportes.
Passando este passo, dentro da área dos transportes vamos admitir que tinha sido afectado a este sector as verbas necessárias para construir o TGV. Mesmo aqui, temos que voltar a perguntar: o que é prioritário, o que está relativamente pior? E aqui não tenho dúvida em responder que o pior é a circulação nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, que afectam diariamente milhões de pessoas. Imaginem o que se poderia fazer se se gastasse as verbas do TGV em melhorar a condições de circulação nestas áreas! É que o TGV é uma solução caríssima para um problema que não existe.
Ou seja, é completamente ridículo que uma eventual sub-alínea de um plano verdadeiramente geral de investimento público seja o foco da discussão, quando o que se deveria começar por discutir é o conjunto e as suas linhas mestras e só depois as conclusões. Mas o TGV cheira demasiado a decisão tipo rainha de copas na Alice no País das Maravilhas: “Primeiro a sentença, depois o julgamento”.
Permito-me colocar o debate do TGV noutros termos e sair do beco “TGV: sim ou não?”, que me parece a atitude errada. O que nós temos que fazer é começar por definir prioridades nacionais gerais. Na minha opinião, as áreas onde estamos relativamente pior em relação à Europa (ou em relação a uma qualquer utopia que se queira) são a educação e a justiça e não os transportes. Logo, o grosso do investimento deveria ir para educação e justiça e não para transportes.
Passando este passo, dentro da área dos transportes vamos admitir que tinha sido afectado a este sector as verbas necessárias para construir o TGV. Mesmo aqui, temos que voltar a perguntar: o que é prioritário, o que está relativamente pior? E aqui não tenho dúvida em responder que o pior é a circulação nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, que afectam diariamente milhões de pessoas. Imaginem o que se poderia fazer se se gastasse as verbas do TGV em melhorar a condições de circulação nestas áreas! É que o TGV é uma solução caríssima para um problema que não existe.
Ou seja, é completamente ridículo que uma eventual sub-alínea de um plano verdadeiramente geral de investimento público seja o foco da discussão, quando o que se deveria começar por discutir é o conjunto e as suas linhas mestras e só depois as conclusões. Mas o TGV cheira demasiado a decisão tipo rainha de copas na Alice no País das Maravilhas: “Primeiro a sentença, depois o julgamento”.