Parece que há dois meses que alguns portugueses começaram a fazer depósitos em moeda estrangeira, com receios sobre o futuro do euro. Como venho referindo, o euro pode acabar de duas formas, com a saída dos fortes ou com a saída dos fracos.
Se ocorrer a saída dos fortes (Alemanha e outros), formalmente o euro não acabaria mas a moeda resultante sofreria uma forte depreciação face ao “novo marco” e ao dólar. Devo acrescentar que duvido muito da sobrevivência de um euro de fracos, sobretudo pelas dificuldades em impor disciplina entre eles.
Se forem os fracos a saírem, Portugal estará certamente entre eles e a nossa nova moeda (preferia que não se chamasse escudo para não gerar confusão com o antigo escudo) sofrerá uma depreciação ainda mais intensa do que no caso anterior.
Ou seja, em ambos os cenários haveria uma forte depreciação do valor depositado nos bancos portugueses. Daí o movimento de substituição de depósitos em euros para contas em outras moedas, mas ainda em bancos em Portugal.
Os depósitos em Portugal têm conhecido mesmo uma forte expansão nos últimos meses, ao contrário do que se tem passado na Grécia, onde já caíram mais de 20% face ao seu máximo.
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Belo blogs
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