No meio de muito eleitoralismo e cobardia, cumpre destacar a coragem de Passos Coelho em defender o congelamento de salários na função pública e das prestações sociais em geral.
Ainda não se percebeu qual é o tipo de acordo que a actual direcção do PSD pretende fazer com o PS em termos orçamentais, mas temo que não sirva os interesses do país.
É incrível o delírio e a hipocrisia de Sócrates de dizer que o défice e a dívida ainda não são a prioridade, mas sim o combate à crise. É delirante porque os mercados financeiros estão muito preocupados com a sustentabilidade das finanças públicas e Portugal não se pode dar ao luxo de os desapontar. É hipócrita porque o minúsculo pacote de 2009 de combate à crise foi executado em pouco mais de metade e a más horas, até porque o descalabro orçamental que vinha de trás não permitia mais.
1 comentário:
A proposta do já célebre PPS (bem conhecido como Sócrates II) não só não é honesta como releva da mais pura demagogia. Espanta-me (enfim...) que alguém que se diz economista como o autor deste blogue possa vir seriamente apadrinhar uma ideia peregrina que - caso não tenha reparado - foi posta em prática nos últimos anos sem quaisquer efeitos práticos. Se se quer reduzir de facto o défice e a dívida pública galopante sugiro que procure de facto localizar os buracos onde eles realmente se encontram. Alguns exemplos: obras públicas faraónicas e de muito duvidosa ou nula utilidade; corrupção generalizada e mordomias escandalosas nos altos cargos da chamada administração para-pública (institutos etc) e nas empresas públicas e (só na aparência) privadas como a PT e outras; programas de apoio social erradamente targeted e sem qualquer controlo; pura e simples estupidez dos nossos dirigentes políticos e responsáveis públicos que os levam a dilapidar recursos sem qualquer controlo. Por favor basta de demagogia e de histoires pour dormir debout como essa do congelamento dos salários.
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