O crescimento trimestral do PIB foi particularmente elevado (0,9%):
a) está quase ao nível do que a CE espera para o conjunto do ano de 2010 (1,0%).
b) deverá permitir que em 2009 o PIB só caia entre 2,5% e 2,6%, menos do que a queda de 2,9% recentemente prevista pela CE.
c) em termos anualizados dá 3,6%, um valor que não se verifica desde 2000.
Na verdade há aqui dois efeitos extra que devem ser meramente temporários:
a) efeito base. Há uma recuperação a partir de níveis muito baixos, o que inflaciona as taxas de crescimento.
b) efeito das exportações líquidas. A crise afecta em particular o investimento (segundo a CE deve cair 15,2% em 2009) e os bens de consumo duradouro. As más perspectivas justificam que não se tente aumentar a capacidade produtiva e a compra de, por exemplo, automóveis, é adiada, a resposta mais fácil para as famílias à diminuição do rendimento. Estas componentes da procura interna são justamente as que têm uma maior componente importada. Por isso a crise é temporariamente benéfica para as exportações líquidas (de importações). Mas, como é evidente, este efeito vai-se dissipar muito em breve.
Para
Logo, é improvável que se repitam taxas de crescimento trimestral tão expressivas nos próximos trimestres.
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