Num movimento quase inédito (a seguir ao 11 de Setembro passou-se algo semelhante), os principais bancos centrais cortaram as suas taxas de referência em 0.5% para fazer face à crise financeira em curso.
Este tipo de medidas é sempre ambivalente. É impossível não fazer pelo menos duas leituras. A leitura mais positiva é que os bancos centrais estão atentos, coordenados e capazes de tomar medidas significativas. A leitura mais negativa é que os bancos centrais estão mesmo aflitos. Qual a leitura que os mercados estão a fazer? Há para todos os gostos: em Londres as acções começaram por subir, para depois cair.
http://www.ft.com/cms/s/0/5fce75b2-949f-11dd-953e-000077b07658.html
Que margem para mais movimentos coordenados deste tipo? O Japão já não pôde participar nesta acção (ainda que a apoie verbalmente) porque já tinha a taxa de referência nos 0,5%. Os EUA ficaram com taxa nos 1,75%, o que os deixa com margem limitada para muitos mais cortes futuros. O BCE, que ficou com a taxa nos 3,75%, é dos que fica ainda com maior margem de manobra.
Quanto ao problema da falta de confiança, o mais grave, esta medida praticamente não o deverá ajudar. É aqui que os bancos centrais mais deveriam intervir, sendo que uma das soluções mais razoáveis em cima da mesa é que os bancos centrais passem a intermediar todas as transacções nos mercados monetárias, para eliminar o risco de contra-parte.
Este tipo de medidas é sempre ambivalente. É impossível não fazer pelo menos duas leituras. A leitura mais positiva é que os bancos centrais estão atentos, coordenados e capazes de tomar medidas significativas. A leitura mais negativa é que os bancos centrais estão mesmo aflitos. Qual a leitura que os mercados estão a fazer? Há para todos os gostos: em Londres as acções começaram por subir, para depois cair.
http://www.ft.com/cms/s/0/5fce75b2-949f-11dd-953e-000077b07658.html
Que margem para mais movimentos coordenados deste tipo? O Japão já não pôde participar nesta acção (ainda que a apoie verbalmente) porque já tinha a taxa de referência nos 0,5%. Os EUA ficaram com taxa nos 1,75%, o que os deixa com margem limitada para muitos mais cortes futuros. O BCE, que ficou com a taxa nos 3,75%, é dos que fica ainda com maior margem de manobra.
Quanto ao problema da falta de confiança, o mais grave, esta medida praticamente não o deverá ajudar. É aqui que os bancos centrais mais deveriam intervir, sendo que uma das soluções mais razoáveis em cima da mesa é que os bancos centrais passem a intermediar todas as transacções nos mercados monetárias, para eliminar o risco de contra-parte.
1 comentário:
Porque é preciso recomeçar a pensar (a menos que se pense que "a crise" foi um carnaval e já estamos em quarta-feira de cinzas...), permito-me interromper para sugerir Para uma economia política institucionalista .
Enviar um comentário