Apesar de a Telefónica ter sido proibida – e bem – de votar sobre a venda da Vivo, a maioria dos restantes accionistas votou a favor da venda (74%). No entanto, o Estado usou a sua golden-share e proibiu a venda.
No início de Julho deverá ser conhecida a posição da Comissão Europeia sobre esta golden share, havendo uma probabilidade de 99% de ser considerada ilegal. Ou seja, dentro de quinze dias a Telefónica lança uma nova proposta e o negócio faz-se. Como é evidente, este compasso de espera – com todo o desperdício de tempo e recursos que envolve – destina-se meramente a salvar a cara do governo, que depois se poderá queixar que fez tudo ao seu alcance para evitar a venda. Mas estes teatros destinam-se a enganar quem?
1 comentário:
Tecnicamente não é uma golden share, mas um tipo de acções com poderes especiais (tal como existem acções preferenciais sem voto), e que existe desde o 1º momento da privatização.
Quando a telefónica comprou a sua participação já sabia (deveria saber) as regras do jogo
Se a TEF quer lançar uma OPA sobre a PT, faça-o e o regulador (Anacom) pode agir, impondo regras apertadíssimas à PT sob a nova gestão
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