Um dos argumentos acenados, sobretudo pelo PC, é que os salários representam uma parcela tão pequena dos custos totais, que não é a subida dos salários que coloca problemas de competitividade às empresas.
Ontem o INE publicou as “Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional” do 2º trimestre. Aí se pode ver que as remunerações dos empregados representam em média (desde o início da série) 64,4% do Valor Acrescentado Bruto (VAB). Tendo em atenção que o próprio VAB sobrestima o valor da produção (o que conta realmente é o Valor Acrescentado Líquido), conclui-se que as remunerações representam bem mais de dois terços da produção. Como é possível continuar o discurso de que é uma coisinha pouca?
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