Paulo Ferreira, no Público de hoje, p. 3 (sem link directo):
“Há vários anos que o BPN era comentado nos corredores do poder político e financeiro.” (…)
“Mas como se deixou chegar a este ponto uma instituição que está há anos sob suspeita?” (…)
“O governador do Banco de Portugal tentou ontem justificar a actuação da instituição que dirige, mas dela sobraram ainda mais dúvidas. Depois de em 2002 e 2003 ter detectado irregularidades e falhas na informação prestada pelo BPN, o banco central passou, estranhamente, a confiar nos relatórios que a própria instituição lhe fazia chegar. E durante os cinco anos seguintes nada fez o Banco de Portugal acordar da sonolência, até que as denúncias internas tornaram o caso demasiado grave para até o supervisor perceber que tinha que ver o que se passava.
“Foi assim no BCP. Repete-se agora no caso, muito mais grave, no BPN. Provavelmente, a próxima auditoria do sistema financeiro devia ser feita ao funcionamento e à cultura de supervisão do Banco de Portugal.”
Com a entrada no euro, a gestão (directa) da conjuntura quase passou a inexistente e a supervisão tornou-se na primeiríssima tarefa do Banco de Portugal. Se o BdP anda a cumprir mal a sua mais importante tarefa, o que anda a fazer?
“Há vários anos que o BPN era comentado nos corredores do poder político e financeiro.” (…)
“Mas como se deixou chegar a este ponto uma instituição que está há anos sob suspeita?” (…)
“O governador do Banco de Portugal tentou ontem justificar a actuação da instituição que dirige, mas dela sobraram ainda mais dúvidas. Depois de em 2002 e 2003 ter detectado irregularidades e falhas na informação prestada pelo BPN, o banco central passou, estranhamente, a confiar nos relatórios que a própria instituição lhe fazia chegar. E durante os cinco anos seguintes nada fez o Banco de Portugal acordar da sonolência, até que as denúncias internas tornaram o caso demasiado grave para até o supervisor perceber que tinha que ver o que se passava.
“Foi assim no BCP. Repete-se agora no caso, muito mais grave, no BPN. Provavelmente, a próxima auditoria do sistema financeiro devia ser feita ao funcionamento e à cultura de supervisão do Banco de Portugal.”
Com a entrada no euro, a gestão (directa) da conjuntura quase passou a inexistente e a supervisão tornou-se na primeiríssima tarefa do Banco de Portugal. Se o BdP anda a cumprir mal a sua mais importante tarefa, o que anda a fazer?
Há ainda a ironia de Constâncio durante muito tempo ter criticado empresários, sindicatos e governos por não terem interiorizado as alterações estruturais que estavam associadas à participação no euro. Pois parece que o próprio Constâncio também não percebeu as implicações estruturais que a entrada no euro tinha sobre as prioridades do Banco de Portugal…
Constâncio tinha um óptimo perfil para as anteriores prioridades do Banco de Portugal, mas tem um fraco perfil para as actuais prioridades.
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