quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ciclo vicioso na Justiça

A propósito de uma notícia salientada pela Helena Garrido:
http://vistodaeconomia.blogs.iol.pt/6713/

"Competitividade a ganhar nas dívidas
As empresas portuguesas 'gastam' 50 milhões de horas por ano na recuperação de dívidas.

Eis uma área onde poderíamos ganhar competitividade."

Eis uma área em que um mínimo de comparações internacionais é imprescindível. Pena que o estudo da Intrium Justitia não o faça, pelo menos de acordo com o artigo. E a comparação internacional é que nos leva à competitividade.
Quanto a conhecer os clientes diria que há duas vertentes: a solvência e a honorabilidade. É mais fácil conhecer a primeira do que a segunda.
Aliás penso que entrámos num ciclo vicioso de diminuição desta honorabilidade. Como na prática a justiça quase não funciona, quem está na franja entre cumprir e não cumprir, quando vê aumentar o benefício de não cumprir, tem maior probabilidade de cair na tentação.
Ao haver muitos a cair na tentação, a justiça ainda entope mais. Então o benefício de não cumprir aumenta. E da cappo...
O mau funcionamento da justiça está, ele próprio, a aumentar a procura de justiça, que agrava o mau funcionamento desta.

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