O Financial Times tem hoje um artigo sobre os planos de contingência que empresas internacionais estão a fazer sobre o possível fim do euro, de “acordo com entrevistas a dezenas de administradores de multinacionais”.
Uma das empresas contactadas foi justamente a “nossa” AutoEuropa, que analisou o problema e chegou à conclusão que as consequências não seriam muito negativas, por serem basicamente exportadores e estarem integradas num grupo mundial.
De facto, especulo eu, haveria uma consequência claramente positiva que seria a desvalorização do valor acrescentado da AutoEuropa, que constituiria um forte aumento de competitividade. Haveria também uma consequência negativa, de subida dos custos de financiamento, que poderia ser em alguma medida mitigada, se parte deste financiamento fosse obtido pela empresa-mãe na Alemanha.
Mas o mais importante a reter é que não é só o mercado obrigacionista e um número crescente de analistas que antecipa o fim do euro: neste momento há cada vez mais empresas que se estão a preparar para esse cenário de forma muito concreta. Por exemplo, a Siemens criou o seu próprio banco para poder depositar os seus fundos directamente no BCE.
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