Várias pessoas parecem convencidas de que Sócrates vai iniciar a sua preparação para candidato presidencial do PS em 2016. Façamos uma comparação com Guterres, para perceber como isso não faz um pingo de sentido.
Neste momento muitos já esqueceram, mas quando Guterres abandonou o governo a economia tinha crescido de forma significativa e a taxa de desemprego estava em 4%, o valor mais baixo desde o 25 de Abril. Para além disso, o PM conservou uma imagem de simpatia durante o seu consulado, embora a sua estrela viesse a empalidecer ao longo do tempo, à medida que se ia descobrindo a pesadíssima factura que deixou para os governos futuros, em particular nas SCUTs. Hoje é claríssimo que Guterres presidiu a uma governo que deu uma machadada fatal na nossa competitividade e no nosso potencial de crescimento, fontes importantíssimas dos nossos apuros actuais. Por tudo isto, Guterres nunca se atreveu a concorrer à presidência da República.
Sócrates acaba as suas funções de PM com o desemprego a bater recordes, com uma dívida pública e externa sem precedentes, com o país reduzido à condição de protectorado e inspirando uma profunda antipatia na generalidade da população. Mas como olhará o país para a herança de Sócrates em 2015, quando for altura de escolher os candidatos presidenciais? Nessa altura já Portugal terá reestruturado a dívida pública, se não estiver mesmo fora da zona do euro, o que deverá produzir uma dramática quebra de rendimentos.
Podemos sintetizar que Guterres conseguiu bons resultados económicos enquanto PM, mas à custa de destruir drasticamente o nosso futuro. Sócrates só devastou o nosso futuro, sem conseguir nada de significativo durante os seus mandatos. Acham mesmo que este terá a mínima hipótese como candidato presidencial? Se a sua falta de noção da realidade lhe apontar esse caminho, talvez isso seja o único meio de ressurreição possível de Guterres como candidato presidencial.
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