O que está o Instituto Português da Juventude (IPJ) a fazer na mais cara avenida portuguesa, a Av. da Liberdade, em Lisboa?
Generalizando esta interrogação, quantos serviços, sobretudo do Estado central, estão instalados de forma desnecessariamente luxuosa? Neste caso do IPJ a extravagância nem é o edifício em si, é sobretudo a sua localização.
Seria certamente possível mudar de instalações, possivelmente até para umas mais pequenas, localizadas na zona oriental da cidade, já servidas de metro, mas com uma ocupação muito esparsa. Conseguir-se-ia uma poupança – estrutural – de milhões de euros.
2 comentários:
Pedro Braz Teixeira
Com o corte de salários o pacto não escrito que existia na Administração Pública (AP) terminou.
Na prática, os de "baixo" aceitavam as folestrias dos "de cima", enquanto ganhassem e fossem aumentados e, principalmente, que não "chatiassem" muito com trabalho.
Em 20 anos a nossa classe polítca desenvolveu um sistema preverso: publicava leis para poder, depois, isentar do cumprimento os amigos e a clientela.
Neste novo enquadramento, o comportamento supra é explosivo. Mas outro dos lados do poliedro é que, por esse motivo, não é possível limtar a despesa; esta geração de políticos, não pode, porque não concebe, não distribuir equitativamente a dor, isto fazer uns pagarem mais do que outros.
Os organismos proliferaram para execer o compadrio e o silêncio cumplice estava assegurado com a distribuição das sobras.
Dito isto, antes de mover ou extinguir algo, (para além dos cadávares mumificados que ainda existem)urge "enxugar" as chefias intermédias e as de cúpula.
Não se trata sequer de uma questão de poupança (pelo menos não é o motivo principal) mas sim de aumento da eficiência, um aspecto que temos a tendência de não tomar em consideração e é, a prazo, o mais importante.
Por isso, a sua proposta é mais do que curial, mas só deve ser implementada depois de cortarmos as chefias.
O pacto de silêncio está quebrado, mas não o está irremediavelemente, neste momento, todos ( à boa maneira meridional) vão tentar não perder muito, mesmo que seja à custa dos outros.
Dentro de seis meses compreenderão que, os sacríficios tocam a todos e, o que é mais importante, serão desiguais.
Cumprimentos
joão
Caro João,
O seu comentário é melhor do que o meu post. Tem a certeza que não quer criar um blog?
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