O governo volta a rever as previsões, com grande atraso e, mesmo assim consegue que estas surjam logo desactualizadas. O PIB a cair apenas 3,4% em 2009, a menor previsão até agora. O desemprego a subir apenas para 8,8%. Muito ironicamente, no próprio dia que em o governo anuncia estas previsões, o INE anunciou que o desemprego já se fixou nos 8,9% no 1T09. Conhecendo a forte correlação e desfasamento entre PIB e desemprego os valores para o PIB e o desemprego do governo são completamente inconsistentes.
Mas o melhor mesmo são as previsões para o défice público. Em Janeiro o governo “previa” 3,9% do PIB e agora “prevê” 5,9% do PIB. Estes valores são do mais suspeito que há, desde logo porque se parecem a preços de promoções em que os artigos não custam 60€, mas “apenas” 59€. Qual é a probabilidade de em duas revisões sucessivas o algarismo da casa decimal coincida em ser 9? Se nos lembrarmos do défice ficcionado por Constâncio dos 6,83% e de que o défice de 2005 ter ficado nos 6,1% do PIB, mais se reforça a suspeita de estarmos perante números “martelados”. É evidente que o governo está desesperado em se despedir com um défice inferior ao que herdou.
A seu tempo apresentarei aqui uma análise mais detalhada destas “previsões”.
E já agora, qual é a lógica que um documento designado “Relatório de Orientação da Política Orçamental” não actualize as previsões para 2010?
http://www.min-financas.pt/inf_economica/ROPO052009.pdf
Mas o melhor mesmo são as previsões para o défice público. Em Janeiro o governo “previa” 3,9% do PIB e agora “prevê” 5,9% do PIB. Estes valores são do mais suspeito que há, desde logo porque se parecem a preços de promoções em que os artigos não custam 60€, mas “apenas” 59€. Qual é a probabilidade de em duas revisões sucessivas o algarismo da casa decimal coincida em ser 9? Se nos lembrarmos do défice ficcionado por Constâncio dos 6,83% e de que o défice de 2005 ter ficado nos 6,1% do PIB, mais se reforça a suspeita de estarmos perante números “martelados”. É evidente que o governo está desesperado em se despedir com um défice inferior ao que herdou.
A seu tempo apresentarei aqui uma análise mais detalhada destas “previsões”.
E já agora, qual é a lógica que um documento designado “Relatório de Orientação da Política Orçamental” não actualize as previsões para 2010?
http://www.min-financas.pt/inf_economica/ROPO052009.pdf
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