Ontem ouve um buzinão contra a subida do preço dos combustíveis e do custo de vida em geral. Por um lado, percebe-se o descontentamento mas, por outro, estes movimentos derivam do défice de responsabilidade que existe na sociedade portuguesa.
A secular enorme distância ao poder (própria dos países latinos) cria um défice de autonomia e um défice de responsabilidade e de poder. Dá ideia que os portugueses não se sentem capazes de resolver sozinhos os seus próprios problemas e demasiado depressa corram para o colo do Estado a pedir ajuda.
O problema é que a subida do preços dos combustíveis e dos produtos alimentares resulta de fenómenos completamente exteriores a Portugal e sobre os quais o governo português não tem praticamente nenhuma influência. Por isso, estes protestos erram o alvo.
É injusto que o governo esteja a ser castigado por algo que não depende dele. Mas também não se pode ter muita pena do governo que, contra toda a prudência, abriu mão de uma substancial margem de manobra ao descer o IVA. Se o arrependimento matasse…
quarta-feira, 18 de junho de 2008
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