Um farmacêutico do Porto está a vender vacinas contra o cancro do colo do útero, a prestações. "Não fazia a ideia que era ilegal" diz o farmacêutico, DN, p. 10.
E não percebo eu porque seja ilegal.
As pessoas podem comprar a prestações os bens e serviços mais superfluos e idiotas, mas não vacinas! Se não tem dinheiro para comprar a pronto, é melhor ficar sem vacina ou esperar meses até conseguir o dinheiro para depois ter acesso à vacina. Mais estúpido do que isto é impossível.
Mas também hipócrita. Porque esta proibição parece existir para que o mundo da medicina pareça estar afastado de tudo o que possa ser apelidado de lucro, essa palavra infame.
É claro que não está, muito pelo contrário, mas não é bonito que se veja ou diga.
Além disso esta proibição, tal como outras, pertence ao reino do abuso da intervenção estatal.
Eu defendo que deveria existir uma norma constitucional que PROIBIA os poderes públicos de impedir contratos entre privados, excepto com base em questões de segurança e saúde pública. Ou se quiserem que dava liberdade aos privados, limitando a intervenção estatal.
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1 comentário:
ler todo o blog, muito bom
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