O artigo de Vítor Bento sobre as mirabolantes contas dos benefícios das obras públicas, no blog da Sedes: “Voodoo economics”
http://www.sedes.pt/blog/?p=1320
Adenda: aproveito para felicitar Vítor Bento pela sua nomeação como novo Conselheiro de Estado, uma excelente escolha do PR.
terça-feira, 21 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Lembrem-se da Ota!
O meu artigo deste mês no Jornal de Negócios, sobre os diferentes manifestos sobre as grandes obras públicas.
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segunda-feira, 13 de julho de 2009
Ilusões
Segundo o Público de hoje, “Sócrates critica concelhia do PS-Porto e põe fim ao clima de intriga”
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391462&idCanal=12
Sócrates critica severamente a concelhia, sem tentar por um momento perceber a razão do comportamento desta. Parece-me que a concelhia já percebeu o desastre que Elisa é e está a tentar arranjar espaço para outro candidato.
A auto-suficiência de Sócrates é o oposto da intuição política. Com as suas palavras duras conseguiu que o presidente da concelhia, Orlando Soares Gaspar (um histórico) anunciasse “que, para não atrapalhar, irá suspender a sua actividade como presidente da concelhia até às eleições autárquicas.”
É divertida a forma como o jornalista emprenhou de ouvido. Julga ele que Sócrates conseguiu pacificar a concelhia e conquistá-la para participar activamente na campanha de Elisa Ferreira. Imaginem lá que a minha leitura é completamente diferente. Parece-me que a concelhia, se deixar de atacar Elisa, vai baixar completamente os braços e deixá-la sozinha na campanha.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391462&idCanal=12
Sócrates critica severamente a concelhia, sem tentar por um momento perceber a razão do comportamento desta. Parece-me que a concelhia já percebeu o desastre que Elisa é e está a tentar arranjar espaço para outro candidato.
A auto-suficiência de Sócrates é o oposto da intuição política. Com as suas palavras duras conseguiu que o presidente da concelhia, Orlando Soares Gaspar (um histórico) anunciasse “que, para não atrapalhar, irá suspender a sua actividade como presidente da concelhia até às eleições autárquicas.”
É divertida a forma como o jornalista emprenhou de ouvido. Julga ele que Sócrates conseguiu pacificar a concelhia e conquistá-la para participar activamente na campanha de Elisa Ferreira. Imaginem lá que a minha leitura é completamente diferente. Parece-me que a concelhia, se deixar de atacar Elisa, vai baixar completamente os braços e deixá-la sozinha na campanha.
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domingo, 12 de julho de 2009
Falta de intuição política
Elisa Ferreira, em vez de aproveitar a nova política do PS para desistir de candidata à câmara do Porto, está a insistir num erro, que a vai conduzir a uma estrondosa e humilhante derrota.
Julga ela que a reconfirmação do apoio de Sócrates a vai ajudar. Está enganadíssima, até porque se está a esquecer que o mais provável é que, aquando das eleições autárquicas (e depois de ter perdido as legislativas), Sócrates já nem sequer seja secretário-geral do PS. Eis como a total ausência de intuição política leva a desbaratar um capital político não despiciendo.
Julga ela que a reconfirmação do apoio de Sócrates a vai ajudar. Está enganadíssima, até porque se está a esquecer que o mais provável é que, aquando das eleições autárquicas (e depois de ter perdido as legislativas), Sócrates já nem sequer seja secretário-geral do PS. Eis como a total ausência de intuição política leva a desbaratar um capital político não despiciendo.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
A bem da coerência
O PS, por puro oportunismo político, decidiu que não pode haver candidaturas simultâneas a várias eleições. A bem da coerência, espera-se que Ana Gomes e Elisa Ferreira se retirem das candidaturas autárquicas. Por razões morais e práticas. A razão moral é a da coerência; a razão prática é a baixíssima atractividade eleitoral. De Ana Gomes não sei muitos pormenores (adivinho-os), mas sobre Elisa Ferreira saiu uma sondagem desastrosa que lhe dá metade dos votos de Rui Rio. De certeza que o PS consegue outros candidatos que, pelo menos, não percam tão vergonhosamente.
sábado, 4 de julho de 2009
Teoria e prática
Na entrevista de hoje ao Público, Teixeira dos Santos acerta na identificação dos nossos maiores problemas, mas não consegue passar à prática.
O ministro está correctíssimo quando diz: “o sector exportador, que é fundamental para nossa economia e deve ser o motor do crescimento. A curto e médio prazo temos que focar aí as nossas atenções, porque é da dinâmica dele que vai depender o nosso crescimento.” (…) “Havia uma crise de crescimento em Portugal desde 2002.” (…) ”Temos é que identificar os problemas e as soluções correctas. São essencialmente problemas de competitividade.”
Mas depois derrapa: “Temos é tido a preocupação que as medidas de ataque à crise nos auxiliem a enfrentar os desequilíbrios estruturais.” Em que é que o programa de obras nas escolas serve para melhorar a competitividade e promover as exportações?
Mas o mais incompreensível é: “Eu acredito que a ligação de Portugal à rede de TGV europeia é importante para nós podermos aumentar a competitividade da nossa economia.” O TGV é um projecto que claramente não é competitivo: se o preço dos bilhetes tivesse que reflectir todo o custo, ninguém andaria de TGV (talvez as pessoas que têm medo de viajar de avião). Mas como é que um projecto que não é competitivo pode aumentar a competitividade de uma economia?
A verdade é que nunca o governo reconheceu publicamente o gravíssimo problema da queda do nosso potencial de crescimento e nunca assumiu verdadeiramente a necessidade de o voltar a elevar. Mesmo que em teoria o ministro soubesse o que era necessário fazer, nunca conseguiu passar à prática.
O ministro está correctíssimo quando diz: “o sector exportador, que é fundamental para nossa economia e deve ser o motor do crescimento. A curto e médio prazo temos que focar aí as nossas atenções, porque é da dinâmica dele que vai depender o nosso crescimento.” (…) “Havia uma crise de crescimento em Portugal desde 2002.” (…) ”Temos é que identificar os problemas e as soluções correctas. São essencialmente problemas de competitividade.”
Mas depois derrapa: “Temos é tido a preocupação que as medidas de ataque à crise nos auxiliem a enfrentar os desequilíbrios estruturais.” Em que é que o programa de obras nas escolas serve para melhorar a competitividade e promover as exportações?
Mas o mais incompreensível é: “Eu acredito que a ligação de Portugal à rede de TGV europeia é importante para nós podermos aumentar a competitividade da nossa economia.” O TGV é um projecto que claramente não é competitivo: se o preço dos bilhetes tivesse que reflectir todo o custo, ninguém andaria de TGV (talvez as pessoas que têm medo de viajar de avião). Mas como é que um projecto que não é competitivo pode aumentar a competitividade de uma economia?
A verdade é que nunca o governo reconheceu publicamente o gravíssimo problema da queda do nosso potencial de crescimento e nunca assumiu verdadeiramente a necessidade de o voltar a elevar. Mesmo que em teoria o ministro soubesse o que era necessário fazer, nunca conseguiu passar à prática.
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